quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Um reino chamado disse me disse


Reza uma lenda, que em um país longínquo havia um reino com o nome de “disse me disse”. Diz ainda esta fábula, que uma das marcantes características daquele reino era a comunicação através da fala. Sem dúvida alguma os súditos daquele reino se orgulhavam do seu dom.

Quando os moradores daquele local eram indagados pelo zelo que tinham na manutenção das suas tradições, respondiam imponentes seus ilustres habitantes: Esta é a nossa cultura, e vem passando de pai para filho, de geração a geração. Desta maneira, sua fama foi rompendo fronteiras até atingir a lugares mais remotos, a ponto de aguçar o interesse das pessoas em conhecê-la e assim aconteceu.
Contam os mais antigos que um certo dia, um forasteiro ouvindo tanto comentar sobre este reino resolveu conhecê-lo e assim vendeu tudo o que possuía e rumou em direção ao reino de disse me disse. Após muitos dias de viagem, chegou naquele tão grandioso reino com o seguinte objetivo: fixar moradia naquele lugar, sua alegria estava estampada em sua face, era perceptível a sua satisfação, já que se instalar naquele reino era algo muito difícil. Assim aquele estrangeiro orgulhava-se pela concretização do seu objetivo.
Passaram-se dias, meses e anos e o forasteiro foi se familiarizando com as pessoas, com o lugar, com as coisas do dia a dia e este conhecimento gerou um sentimento de tristeza e uma certa decepção... I Co 15:33

Mas porque deste pesar! Já que tudo humanamente possível para a realização do seu sonho foi feito. Assim o que pode ter causado-lhe tanto abatimento e aquele sentimento de tamanha decepção.

Diz a lenda, que o estrangeiro percebeu que naquele reino afamado, os moradores procuravam sempre expor o lado falho das pessoas, suas diferenças não os permitiam perceberem que as pessoas por mais falhas que sejam, também podem ter o seu lado bom; e que todos tem direito a uma segunda chance. O que ficava cada vez mais claro é que em “disse me disse” as qualidades dos conterrâneos não eram valorizadas no meio dos patrícios, pois sempre havia alguém intencionado a persuadir com o intuito de colocar as pessoas umas contra as outras, ficava claro que no reino havia divisões extremas.

Em disse me disse a rivalidade gerava demarcações territoriais ficando nítido que o espírito de facção se desenvolvia com rapidez, nascendo nas pessoas o sentimento do interesse próprio. No auge da razão, aquele sonhador admitia que disse me disse não era a maravilha que esperava, toda atmosfera da emoção não impediu a conclusão dos fatos em sua plena realidade; não havia em disse me disse um relacionamento sadio. Através desses fatos concluiu o forasteiro: sem sombra de dúvida a ruína deste reino e o seu fracasso é questão de tempo.

Reza a lenda, que os pensamentos do forasteiro como uma profecia a cada momento se cumpria, já que as disputas ficavam cada vez mais acirradas a discórdia desabrochava lentamente, mas com eficácia. O caos se instalou e se apoderou deste reino...

Mt 12:24-26.

O caos se instalou e se apoderou do reino, ao ponto dos súditos não mais se envolverem com as questões importantes para a manutenção do reino: o sucesso do povo e as conquistas para o reino.

As ambições eram diferentes, o coletivo não era importante, o bem estar de todos já não era interessante, com essas atitudes tão mesquinhas e o individualismo imperando “disse me disse” foi sucumbida pela sua própria arrogância e insensatez.

Centenas de anos mais tarde arqueólogos escavavam um local desértico que supostamente fora aquele tão aclamado reino, reparavam eles que aquela terra era de tão má qualidade que nada que se plantasse cresceria, escavando encontraram algumas anotações na língua hebraica, no qual se destacava a seguinte frase: comunicação é entendimento entre as partes, quando não há união a ruína é inevitável...

O forasteiro...

Apocalipse 3:7-13.


Você é um semeador de Boas Novas!

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